葡萄牙语历史:CABANAGEM
分类: 葡萄牙语
时间: 2023-05-19 11:23:33
作者: 全国等级考试资料网
Introdu??o
O movimento conhecido como Cabanagem desenvolveu-se no Gr?o-Pará; os episódios principais deram-se na cidade de Belém e nos sert?es de Acará e de Cametá.
Os grandes espa?os e a fisiografia hostil dificultaram o conhecimento da área norte do país e a civiliza??o ficou restrita às margens dos cursos d’água. O clima equatorial, quente e úmido, e a vegeta??o exuberante, dificultando os movimentos por terra, constituíram outros fatores que restringiram a conquista da regi?o.
As liga??es difíceis e demoradas com a capital do país levaram os portugueses a pretender, mesmo depois da Independência, manter o controle da área.
A foz do Amazonas apresenta especial importancia para o controle da regi?o; os conquistadores compreenderam isto e procuraram construir ali fortifica??es e estabelecer povoa??es que garantissem a manuten??o do domínio.
A seguran?a de Belém e das vilas próximas era motivo de preocupa??o para o Império, tanto quanto o extremo sul, em raz?o dos interesses estrangeiros.
A popula??o da Província, em meados de século XIX, era de cerca de 150 mil pessoas e constituída basicamente de mesti?os e índios, com participa??o minoritária de brancos e negros. O mesti?o, descendente de branco e índio, era o elemento ativo na vida provincial, caracterizando-se por seu temperamento calmo e franco e por sua devo??o religiosa. As condi??es de vida tornaram-no desconfiado, obstinado e deram-lhe sobretudo um sentimento de frustra??o ante o colonizador português, conquistador vitorioso, envolto em privilégios na ordem política e social e cheio de desprezo pela popula??o local; membro da minoria espoliadora capaz apenas de ver interesses pessoais e lucros financeiros.
As rela??es entre o nativo da regi?o e o português eram tensas e os pontos de vista antag?nicos e inconciliáveis.
Notícia da Abdica??o chega a Belém.
As dificuldades de comunica??o retardaram sobremodo a chegada de notícias da capital do Império à distante Província do extremo norte brasileiro. A notícia sobre a resolu??o de D. Pedro I que abdicava em favor do filho conheceu-se em maio, causando grande excita??o popular a esperan?a de que viriam melhores dias com o afastamento dos lusitanos.
Agitou-se principalmente a Camara Municipal de Belém, e o C?nego Jo?o Batista Gon?alves de Campos solicitou o afastamento do Comandante das Armas, Brigadeiro Francisco de Sousa Soares Andréa, por considerá-lo ligado aos interesses lusitanos, mas n?o conseguiu obter seu intuito. Os portugueses, inconformados com a derrota e vendo seus interesses amea?ados, procuraram por todos os meios a manuten??o dos cargos, buscando, inclusive, o apoio da tropa.
Rebeli?o do 24o Batalh?o de Ca?adores (BC).
Insufladas por elementos nativistas, as pra?as de 24o BC, que ent?o tinha sede em Belém, revoltaram-se a 2 de junho de 1831 contra os superiores e o governo local, exigindo sua renúncia. A a??o imediata do Comandante das Armas, reunindo as unidades fiéis e adeptos civis, abortou o movimento, trazendo grande desalento às for?as nativistas. A indisciplina porém persistiu, levando o governo provincial a aceitar a proposta de um português, Marcos Rodrigues Martins, para criar um corpo de guardas.
Deposi??o do Visconde de Goiana.
A Regência, em abril, determinou a substitui??o do Presidente da Província e do Comandante das Armas. O fato trouxe novas agita??es ao Pará devido à press?o exercida pelos reinóis no sentido de que o Bar?o de Itapicuru-Mirim (Tenente-Coronel José Félix Pereira Pinto Burgos) permanecesse no cargo, evitando que assumisse o governo, temporariamente, o C?nego Batista de Campos, substituto legal.
Finalmente, em 16 de julho, chegaram as novas autoridades nomeadas. Eram o Dr. Bernardo José da Gama, Visconde de Goiana, Presidente, e o Coronel José Maria Silva Bitencourt, Comandante das Armas. Ambos eram brasileiros natos e conquistaram logo a simpatia dos nacionalistas, mas o Coronel Bitencourt deixou-se envolver pela política local, particularmente pelos lusos, e o Visconde de Goiana, aos poucos, viu-se desprestigiado, notadamente por sua postura liberal. As provoca??es lusas envolveram a tropa e, em agosto, os distúrbios se agravaram. As unidades militares rebeladas, com a conivência do Comandante das Armas, exigiram a renúncia do Presidente, que, com 18 dias de governo, embarcou para o Rio de Janeiro na fragata Campista, tendo os rebeldes colocado no governo o Dr. Marcelino José Cardoso, o mais antigo dos conselheiros, que determinou o exílio de vários nacionalistas, entre eles o do C?nego Batista de Campos (para S?o Jo?o do Crato), a quem de direito cabia o governo da Província.
Sangrento 16 de abril.
A necessidade de providências enérgicas no norte do país obrigou a Regência a escolher um liberal de grande talento e idéias avan?adas - Coronel José Joaquim Machado de Oliveira - para a presidência da Província, o qual, com o objetivo de pacificar os animos, autorizou o retorno dos exilados pelo governo anterior, inclusive o C?nego Batista de Campos.
O movimento conhecido como Cabanagem desenvolveu-se no Gr?o-Pará; os episódios principais deram-se na cidade de Belém e nos sert?es de Acará e de Cametá.
Os grandes espa?os e a fisiografia hostil dificultaram o conhecimento da área norte do país e a civiliza??o ficou restrita às margens dos cursos d’água. O clima equatorial, quente e úmido, e a vegeta??o exuberante, dificultando os movimentos por terra, constituíram outros fatores que restringiram a conquista da regi?o.
As liga??es difíceis e demoradas com a capital do país levaram os portugueses a pretender, mesmo depois da Independência, manter o controle da área.
A foz do Amazonas apresenta especial importancia para o controle da regi?o; os conquistadores compreenderam isto e procuraram construir ali fortifica??es e estabelecer povoa??es que garantissem a manuten??o do domínio.
A seguran?a de Belém e das vilas próximas era motivo de preocupa??o para o Império, tanto quanto o extremo sul, em raz?o dos interesses estrangeiros.
A popula??o da Província, em meados de século XIX, era de cerca de 150 mil pessoas e constituída basicamente de mesti?os e índios, com participa??o minoritária de brancos e negros. O mesti?o, descendente de branco e índio, era o elemento ativo na vida provincial, caracterizando-se por seu temperamento calmo e franco e por sua devo??o religiosa. As condi??es de vida tornaram-no desconfiado, obstinado e deram-lhe sobretudo um sentimento de frustra??o ante o colonizador português, conquistador vitorioso, envolto em privilégios na ordem política e social e cheio de desprezo pela popula??o local; membro da minoria espoliadora capaz apenas de ver interesses pessoais e lucros financeiros.
As rela??es entre o nativo da regi?o e o português eram tensas e os pontos de vista antag?nicos e inconciliáveis.
Notícia da Abdica??o chega a Belém.
As dificuldades de comunica??o retardaram sobremodo a chegada de notícias da capital do Império à distante Província do extremo norte brasileiro. A notícia sobre a resolu??o de D. Pedro I que abdicava em favor do filho conheceu-se em maio, causando grande excita??o popular a esperan?a de que viriam melhores dias com o afastamento dos lusitanos.
Agitou-se principalmente a Camara Municipal de Belém, e o C?nego Jo?o Batista Gon?alves de Campos solicitou o afastamento do Comandante das Armas, Brigadeiro Francisco de Sousa Soares Andréa, por considerá-lo ligado aos interesses lusitanos, mas n?o conseguiu obter seu intuito. Os portugueses, inconformados com a derrota e vendo seus interesses amea?ados, procuraram por todos os meios a manuten??o dos cargos, buscando, inclusive, o apoio da tropa.
Rebeli?o do 24o Batalh?o de Ca?adores (BC).
Insufladas por elementos nativistas, as pra?as de 24o BC, que ent?o tinha sede em Belém, revoltaram-se a 2 de junho de 1831 contra os superiores e o governo local, exigindo sua renúncia. A a??o imediata do Comandante das Armas, reunindo as unidades fiéis e adeptos civis, abortou o movimento, trazendo grande desalento às for?as nativistas. A indisciplina porém persistiu, levando o governo provincial a aceitar a proposta de um português, Marcos Rodrigues Martins, para criar um corpo de guardas.
Deposi??o do Visconde de Goiana.
A Regência, em abril, determinou a substitui??o do Presidente da Província e do Comandante das Armas. O fato trouxe novas agita??es ao Pará devido à press?o exercida pelos reinóis no sentido de que o Bar?o de Itapicuru-Mirim (Tenente-Coronel José Félix Pereira Pinto Burgos) permanecesse no cargo, evitando que assumisse o governo, temporariamente, o C?nego Batista de Campos, substituto legal.
Finalmente, em 16 de julho, chegaram as novas autoridades nomeadas. Eram o Dr. Bernardo José da Gama, Visconde de Goiana, Presidente, e o Coronel José Maria Silva Bitencourt, Comandante das Armas. Ambos eram brasileiros natos e conquistaram logo a simpatia dos nacionalistas, mas o Coronel Bitencourt deixou-se envolver pela política local, particularmente pelos lusos, e o Visconde de Goiana, aos poucos, viu-se desprestigiado, notadamente por sua postura liberal. As provoca??es lusas envolveram a tropa e, em agosto, os distúrbios se agravaram. As unidades militares rebeladas, com a conivência do Comandante das Armas, exigiram a renúncia do Presidente, que, com 18 dias de governo, embarcou para o Rio de Janeiro na fragata Campista, tendo os rebeldes colocado no governo o Dr. Marcelino José Cardoso, o mais antigo dos conselheiros, que determinou o exílio de vários nacionalistas, entre eles o do C?nego Batista de Campos (para S?o Jo?o do Crato), a quem de direito cabia o governo da Província.
Sangrento 16 de abril.
A necessidade de providências enérgicas no norte do país obrigou a Regência a escolher um liberal de grande talento e idéias avan?adas - Coronel José Joaquim Machado de Oliveira - para a presidência da Província, o qual, com o objetivo de pacificar os animos, autorizou o retorno dos exilados pelo governo anterior, inclusive o C?nego Batista de Campos.