葡萄牙语综合指导:讲述历史16
As rela??es entre o nativo da regi?o e o português eram tensas e os pontos de vista antag?nicos e inconciliáveis.
Notícia da Abdica??o chega a Belém.
As dificuldades de comunica??o retardaram sobremodo a chegada de notícias da capital do Império à distante Província do extremo norte brasileiro. A notícia sobre a resolu??o de D. Pedro I que abdicava em favor do filho conheceu-se em maio, causando grande excita??o popular a esperan?a de que viriam melhores dias com o afastamento dos lusitanos.
Agitou-se principalmente a Camara Municipal de Belém, e o C?nego Jo?o Batista Gon?alves de Campos solicitou o afastamento do Comandante das Armas, Brigadeiro Francisco de Sousa Soares Andréa, por considerá-lo ligado aos interesses lusitanos, mas n?o conseguiu obter seu intuito. Os portugueses, inconformados com a derrota e vendo seus interesses amea?ados, procuraram por todos os meios a manuten??o dos cargos, buscando, inclusive, o apoio da tropa.
Rebeli?o do 24o Batalh?o de Ca?adores (BC).
Insufladas por elementos nativistas, as pra?as de 24o BC, que ent?o tinha sede em Belém, revoltaram-se a 2 de junho de 1831 contra os superiores e o governo local, exigindo sua renúncia. A a??o imediata do Comandante das Armas, reunindo as unidades fiéis e adeptos civis, abortou o movimento, trazendo grande desalento às for?as nativistas. A indisciplina porém persistiu, levando o governo provincial a aceitar a proposta de um português, Marcos Rodrigues Martins, para criar um corpo de guardas.
Deposi??o do Visconde de Goiana.
A Regência, em abril, determinou a substitui??o do Presidente da Província e do Comandante das Armas. O fato trouxe novas agita??es ao Pará devido à press?o exercida pelos reinóis no sentido de que o Bar?o de Itapicuru-Mirim (Tenente-Coronel José Félix Pereira Pinto Burgos) permanecesse no cargo, evitando que assumisse o governo, temporariamente, o C?nego Batista de Campos, substituto legal.
Finalmente, em 16 de julho, chegaram as novas autoridades nomeadas. Eram o Dr. Bernardo José da Gama, Visconde de Goiana, Presidente, e o Coronel José Maria Silva Bitencourt, Comandante das Armas. Ambos eram brasileiros natos e conquistaram logo a simpatia dos nacionalistas, mas o Coronel Bitencourt deixou-se envolver pela política local, particularmente pelos lusos, e o Visconde de Goiana, aos poucos, viu-se desprestigiado, notadamente por sua postura liberal. As provoca??es lusas envolveram a tropa e, em agosto, os distúrbios se agravaram. As unidades militares rebeladas, com a conivência do Comandante das Armas, exigiram a renúncia do Presidente, que, com 18 dias de governo, embarcou para o Rio de Janeiro na fragata Campista, tendo os rebeldes colocado no governo o Dr. Marcelino José Cardoso, o mais antigo dos conselheiros, que determinou o exílio de vários nacionalistas, entre eles o do C?nego Batista de Campos (para S?o Jo?o do Crato), a quem de direito cabia o governo da Província.
Sangrento 16 de abril.
A necessidade de providências enérgicas no norte do país obrigou a Regência a escolher um liberal de grande talento e idéias avan?adas - Coronel José Joaquim Machado de Oliveira - para a presidência da Província, o qual, com o objetivo de pacificar os animos, autorizou o retorno dos exilados pelo governo anterior, inclusive o C?nego Batista de Campos.
Ao retornar do exílio, o sacerdote publicou um manifesto proclamando um governo aut?nomo, com a divis?o do Gr?o-Pará em duas administra??es distintas.
Os meses finais de 1832 e os primeiros de 33 foram sombrios para a Província. As disputas políticas locais ampliaram-se com a nomea??o dos novos Presidente e Comandante das Armas, respectivamente o Desembargador José Mariani e o Tenente-Coronel Inácio Corrêa de Vasconcelos, ambos identificados com os restauradores, apelidados de caramurus. A agita??o culminou com violentos atritos entre liberais e conservadores, aqueles por insistirem em manter no poder Machado de Oliveira, estes para que Mariani assumisse. Mais uma vez as For?as Armadas foram envolvidas. A maioria das unidades colocou-se ao lado das idéias nacionalistas, defendidas pela corrente liberal, apoiando Machado de Oliveira, que, insistentemente, procurava solu??o legal para o impasse.