葡萄牙语综合指导:讲述历史17
Os liberais, no entanto, n?o aceitavam concilia??o com os retrógrados caramurus, e estes encabe?aram violenta rea??o, buscando o apoio da Marinha de Guerra, particularmente em armas e muni??o. A situa??o era difícil. A custo Machado de Oliveira mantinha a ordem na tropa. As violências e amea?as dos caramurus contra os liberais levaram-no a acatar a decis?o da Camara Municipal, a qual determinava que se informasse à Regência o estado de coisas.
As for?as terrestres compunham-se do 16o BC, do 5o Batalh?o de Artilharia de Posi??o, de uma Companhia de Guardas Municipais (com 100 homens) e de um Batalh?o da Guarda Nacional (com quatro companhias na capital e quatro no interior).
Os caramurus, inconformados, defenderam a posse do novo Presidente pelas armas e, em sucessivas reuni?es, instaram junto a ele para que assumisse o poder à for?a.
Por fim, a 16 de abril estourou o conflito, envolvendo os líderes portugueses chefiados por Afonso Jales, e as autoridades provinciais. A popula??o amedrontada, no início do tiroteio, procurou prote??o no 25o BC. O Presidente, à frente dos habitantes locais, dominou a rebeli?o.
Diante dos fatos ocorridos e atendendo à solicita??o da municipalidade Machado de Oliveira permaneceu no cargo até 4 de dezembro, sendo substituído por Bernardo Lobo de Sousa. Por Carta imperial de 5 de setembro de 1833 foi nomeado Comandante das Armas o Coronel Joaquim Silva Santiago.
O novo Presidente Lobo de Sousa iniciou a administra??o de forma conciliadora, publicando o decreto regencial que anistiava todos os envolvidos em como??es políticas. Reintegrou ao servi?o público vários elementos suspensos. A par dessas medidas, procurou sanear a vida pública com o pagamento pontual à tropa, com a reforma e constru??o de estradas, com melhoria do abastecimento e com a moraliza??o na cobran?a de impostos. No ambito militar, recompletou as unidades mediante recrutamento de novos contingentes. Estes fatos provocaram descontentamento.
Apesar das acertadas providências do governo Lobo de Sousa, um grupo liderado pelo C?nego Batista de Campos, que já se indispusera com o Presidente, come?ou a conspirar na capital e no interior, conseguindo aproximar-se do antigo adversário, Coronel Félix Antonio Clemente Malcher, oficial de segunda linha, proprietário de uma próspera fazenda na localidade de Acará, onde gozava de grande prestígio.
Juntamente com outros elementos influentes, os insurgentes tramaram a derrubada do Presidente. Reuniram armas e muni??es e arregimentaram adeptos para a revolu??o, destacando-se Eduardo Francisco Nogueira (o Angelim) e os irm?os Vinagre - Francisco Pedro (Tenente do 1o Batalh?o da Guarda Nacional), Ant?nio, Raimundo, Manoel e José. O movimento alastrou-se pelas redondezas e o governo provincial, preocupado com os boatos, determinou a organiza??o de uma expedi??o militar para pacificar o vale de Acará. A 19 de outubro de 1834, o Major José Nabuco de Araújo iniciou o deslocamento da for?a,embarcando em navio da Esquadra. O destacamento atingiu a fazenda Vila Nova e antes da chegada dos refor?os o Presidente foi surpreendido, na madrugada de 22, por um grupo de revoltosos chefiados por Francisco Pedro Vinagre e Angelim que assassinaram o major e três homens.
O insucesso e os boatos de que os revoltosos se dirigiam para a capital fizeram com que o governo aprestasse a defesa da cidade, determinando ao Coronel Sebasti?o de Melo Marinho Falc?o, comandante da Guarda Nacional, que enfrentasse os sediciosos. Estes, ao comando de Malcher, dos irm?os Vinagre, de Angelim e outros, ultimavam a arregimenta??o dos caboclos para marcharem todos sobre a capital, a fim de depor as autoridades provinciais.
Organizou-se nova expedi??o de for?as legais sob o comando de Marinho Falc?o, com grandes dificuldades pois os guardas nacionais insubordinaram-se e negaram-se a integrar a coluna. Contornados os empecilhos, a expedi??o partiu para a regi?o e, depois de sofrer uma emboscada em que morreu o comandante, atingiu a fazenda Acará-a?u, abandonada pelos correligionários de Malcher.
O comandante da expedi??o naval, Capit?o-de-Fragata James Inglis, assumiu a dire??o das opera??es. Mandou atear fogo às constru??es vazias e determinou que as patrulhas vasculhassem a regi?o, sendo presos Malcher, Raimundo Vinagre e outros. Manuel Vinagre foi morto. O C?nego Batista Campos permaneceu foragido, acobertado pela popula??o e pelas autoridades locais, vindo a falecer, de enfermidade, a 31 de dezembro do mesmo ano.
Apreensivo com a seguran?a de Belém, o governo provincial decretou o recrutamento de mais um contingente de guardas nacionais, adquiriu material bélico, reformou as fortifica??es e fez recolher o armamento em poder da popula??o.