葡萄牙语阅读指导:BATALH
O 2ºBatalhão de Caçadores da Corte, criado em 1822, passa, logo após a Independência, denominar-se apenas Batalhão de Caçadores (1824), permanecendo no Rio de Janeiro, vindo a ser desativado (extinto?), em 1832.
Dez anos após, esta unidade, vem a ser reativada, como 1ºBatalhão de Fuzileiros. Com esta denominação, em 1865, segue para o teatro de operações, no sul do Império, para integrar as tropas brasileiras que seguiriam para os campos de batalha da Tríplice Aliança.
Como tropa embarcada, no navio Jequitinhonha, participa da maior batalha naval de nossa história militar, em Riachuelo, no rio Paraná.
Como tropa de linha, participa de inúmeros combates: em Tuiuti, integrando a Divisão Encouraçada, comandada pelo Brigadeiro Antônio Sampaio; luta em Ita-Ivaté, Pikisiri, Itororó, Peribebui e Campo Grande. Nomes gravados em ouro em seu Estandarte de Guerra.
Terminado o conflito, retorna para o Rio de Janeiro, passou a ser o 1ºBatalhão de Infantaria Pesada, denominação que permaneceu até 1888.
Em 15 de novembro de 1889, no momento em que o Marechal Manoel Deodoro da Fonseca proclama a República, lá estava o 1ºBatalhão de Infantaria, no Campo de Santana, integrando as tropas que asseguraram aquele ato histórico.
Nas reformas de 1908, três Companhias do 20ºBatalhão de Infantaria Ligeira, de Goiás, são reunidas a outras três do 7ºBatalhão de Infantaria, vindas do Desterro, em Santa Catarina, são incorporadas ao 1ºBatalhão de Infantaria, passando a constituir o 1ºRegimento de Infantaria, com sede no Rio de Janeiro. Isto posto, a nova organização militar, oriunda do Regimento de Bragança, vem a herdar as tradições do 20ºBatalhão de Caçadores, de Goiás, veterano da Guerra da Tríplice Aliança, participando do histórico episódio, imortalizado pelo Visconde de Taunay, em sua obra “A Retirada da Laguna”. Da mesma forma herdou as tradições do não menos glorioso 7ºBatalhão de Infantaria, oriundo do 7ºBatalhão de Fuzileiros, do Desterro, veterano da Guerra da Tríplice Aliança, que se destacou na retomada de Uruguaiana e depois nos combates de Passo da Pátria, Estero Bellaco, Tuiuti, Potrero Obella, Taii, Estabelecimento, Humaitá, Itororó, Lomas Valentinas, Peribebui e Campo Grande.
Terminada a guerra, permaneceu em território paraguaio como tropa de ocupação.
Em 1897 vamos encontrar o 7ºBatalhão, na Campanha de Canudos, constituindo a vanguarda das tropas do Coronel Moreira Cesar e depois nas operações de cerco, integrando uma das colunas sob o comando do General Artur Oscar.
As glórias do 1ºRegimento de Infantaria não ficam por ai. Constituída a Força Expedicionária Brasileira, para combater ao lado dos aliados na 2ªGuerra Mundial, foi ele um dos três Regimentos integrantes da 1ªDivisão de Infantaria Expedicionária. Combateu em Monte Castelo, no Vale do Rio Panaro, em Montese e no médio Panaro. Participou das operações finais para o corte da retirada da tropas alemãs e italianas, no Vale do Rio do Pó.
Em reconhecimento as suas tradições de glórias, em 1949, recebe a denominação histórica de “Regimento Sampaio”.
Com as reformas de 1972, teve seu efetivo reduzido para apenas um batalhão, passando a denominar-se 1ºBatalhão de Infantaria Motorizado (Escola).
Em 1995, o “Regimento Sampaio” foi mandado constituir a Força de Paz da ONU (UNAVEM III), em Angola, Onde permaneceu até 1996.
O “Regimento Sampaio”, é hoje um dos orgulhos da Infantaria brasileira. É das poucas unidades do Exército Brasileiro cujo Estandarte ostenta a Ordem do Cruzeiro do Sul, que foi recebida em operações em terras paraguaias. Honraria concedida pelo Imperador D.Pedro II e recebida das mãos do Comandante das Forças Brasileiras, Marquês de Caxias, em Tuiuti, em 15 de março de 1867.