Os revolucionários dispunham de um estaleiro na barra do rio Camaqu?, que foi duas vezes atacado pelas for?as legais. Mesmo assim, Garibaldi conseguiu fazer incurs?es pela Lagoa e apresar uma sumaca, aumentando a esquadrilha dos rebeldes. Resolveram também ampliar a base física da revolu??o e ganhar liga??o com o Exterior, mediante a conquista de Santa Catarina.
David Canabarro foi designado chefe da expedi??o terrestre, sendo que o primeiro objetivo deveria ser a vila de Laguna. Duas embarca??es artilhadas - os lanch?es Rio Pardo e Seival - construídas sob a dire??o do norte-americano John Griggs, foram levadas por Garibaldi do rio Capivari, tributário da Lagoa dos Patos, para a Lagoa Tramandaí, por via terrestre em cima de carretas puxadas por 50 parelhas de bois, e daí para o Atl?ntico. No oceano os barcos foram fustigados por forte ventania e o Rio Pardo naufragou. Mas Garibaldi n?o desistiu; com o Seival atingiu Laguna participando do ataque a esta vila em 21 de julho de 1839. Canabarro conseguiu apoderar-se de Laguna e os revolucionários prosseguiram para o norte, ocupando Vila Nova, Imbituba, Imaruí e Garopaba.
A invas?o de Santa Catarina era também conseqüência da mudan?a no panorama político no Rio da Prata. Manuel Oribe renunciara ao poder e fora para Buenos Aires; Frutuoso Rivera, na crista de uma revolu??o vitoriosa, instalara-se no governo e procurava estabelecer alian?a com o lmpério do Brasil. Depois, o caudilho Juan Manuel Rosas faria o mesmo, embora de forma passageira, fechando a fronteira aos republicanos rio-grandenses.