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Segundo o manifesto de Bento Gonçalves, divulgado a 25 de setembro de 1835, a revolução desejava apenas afastar o Presidente. Mas outros focos do movimento surgiram no interior do Rio Grande. Na vila de Rio Pardo legalistas e revolucionários defrontaram-se ameaçadoramente. Bento Gonçalves acudiu, assegurando o reconhecimento do novo Presidente.
O Tenente-Coronel João da Silva Tavares, Comandante da Fronteira do Rio Grande, embora soubesse do levante, não aderiu, ficando em expectativa. Rafael Verdun, Coronel da Banda Oriental e amigo de Bento Gonçalves, resolveu combatê-lo, à frente de pequeno grupo em que predominavam orientais. Junto à Capela do Herval houve um violento choque entre cavaleiros e Verdun, vencido, escapou rumo à fronteira, deixando para trás muitos mortos e feridos.
Fernandes Braga chegou à cidade de Rio Grande a 28 de setembro e buscou apoio, naturalmente entre os que não eram simpáticos ao movimento. O Marechal Sebastião Barreto, Comandante das Armas, lançou uma proclamação em Taquarembó, concitando os rio-grandenses a combater, e marchou na direção de São Gabriel, acompanhado por cerca de 200 homens. Ao aproximar-se da cidade, em 4 de outubro, soube que os revolucionários dominavam a praça e que o 3º Regimento aderira ao movimento; retirou-se, em conseqüência, para o Uruguai.
Alguns legalistas liderados pelo Major Manuel Marques de Sousa, mais tarde Conde de Porto Alegre, e alguns revolucionários sob a chefia do Capitão Manuel Antunes de Porciúncula, cunhado de Bento Gonçalves, mobilizaram meios para lutar na região de Pelotas. Avisado sobre a situação, Silva Tavares, que vinha de Jaguarão, acelerou a marcha e conseguiu juntar-se a Marques de Sousa. Na tarde de 14 de outubro ambos lançaram-se contra Porciúncula e derrotaram-no. Após a vitória, Marques de Sousa dirigiu-se para Rio Grande.
Tavares recebeu informações de que o Tenente-Coronel Antônio Neto vinha contra ele, à frente de 400 homens. Soube também que Domingos Crescêncio, chefiando um outro grupo, partira de Jaguarão com o mesmo intento. Julgando difícil alcançar a cidade de Rio Grande, dividiu a força para melhor se esquivar e afinal transpôs a fronteira do Estado Oriental, onde se internou.
Tanto legalistas como revolucionários, quando a sorte das armas não os favorecia, ultrapassavam a fronteira, principalmente uruguaia, a fim de ganhar tempo e reunir novos meios.