1. Depende. é que existem dois tipos: a bomba at?mica convencional, que nem as que destruíram as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em 1945, e a apocalíptica bomba de hidrogênio, até 6 mil vezes mais poderosa que a outra – e que você vê aqui ao lado. Ent?o vamos por partes. Na convencional, uma carga de dinamite faz com que átomos de uranio ou de plut?nio a, relativamente fáceis de "quebrar", se rompam – por causa disso, o nome dela é bomba de fiss?o. Mas quebrar um núcleo at?mico n?o é igual a quebrar uma pedra. é que o peso somado dos cacos fica menor que o do átomo original. Depois da quebra, parte da matéria que o formava se transforma em energia pura b.

2. Olhando no zoom lá em cima, n?o parece grande coisa. Mas o fato é que qualquer gr?o de matéria contém uma quantidade absurda de energia. Tanto que bastou um montinho de uranio do tamanho de uma bola de tênis para a que a bomba de Hiroshima produzisse uma for?a equivalente à de 15 mil toneladas de dinamite (ou 15 quilotons) e levantasse um cogumelo at?mico de 8 km. Hoje, a potência das bombas de fiss?o está na faixa dos 500 quilotons. Achou muito? Ent?o você ainda n?o viu nada.

3. Em 1949, a Uni?o Soviética testou sua primeira bomba at?mica. Os EUA, ent?o, responderam com fogo. Muito fogo: a bomba de hidrogênio. Ela funciona de um jeito oposto ao da bomba de fiss?o: em vez de quebrar átomos, os gruda uns nos outros. é um jeito mais eficiente de arrancar energia a partir de matéria – tanto que esse é o método usado pelo próprio Sol para gerar calor. Bom, para come?ar, a espoleta c dela é uma bomba de fiss?o. Ela serve para que a temperatura lá dentro da ogiva fique equivalente à do interior do Sol (uns 15 000 000 oC).

4. O combustível da bomba é o mesmo do Sol: átomos parentes hidrogênio (que têm só um próton). Eles embarcam na bomba "impressos" num cilindro de metal d. Quando você coloca esses átomos sob temperatura e press?o infernais, eles tendem a se juntar e. A fus?o forma um átomo de hélio f e um nêutron g. De novo, a soma do peso do que sobra é menor que o dos átomos originais. E essa diferen?a vira energia. Só que desta vez é muito mais: a primeira bomba de hidrogênio, de 1952, tinha 20 mil quilotons (ou 20 megatons) e gerou um cogumelo de 41 quil?metros de altura. Se fosse jogada em S?o Paulo, mataria pelo menos 2 milh?es de pessoas. E olha que as maiores bombas da história chegam a 100 megatons.